Zélia Duncan - Pelespírito - CD
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Seria um caminho natural escolher por celebrar seus 40 anos de carreira com um projeto revisionista, ainda mais nesse momento inimaginável que o mundo está vivendo. São muitos os motivos. O necessário distanciamento físico, a (compreensível) dificuldade de inspiração, a triste realidade do atual cenário político-social, as perdas, as inúmeras perdas Mas Zélia Duncan escolheu transformar suas dúvidas e dores em música. E assim ela apresenta, no dia 28 de maio de 2021, “Pelespírito”, álbum que cel
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- Seria um caminho natural escolher por celebrar seus 40 anos de carreira com um projeto revisionista, ainda mais nesse momento inimaginável que o mundo está vivendo. São muitos os motivos. O necessário distanciamento físico, a (compreensível) dificuldade de inspiração, a triste realidade do atual cenário político-social, as perdas, as inúmeras perdas
- Mas Zélia Duncan escolheu transformar suas dúvidas e dores em música. E assim ela apresenta, no dia 28 de maio de 2021, “Pelespírito”, álbum que celebra suas quatro décadas de ofício e marca o seu retorno à Universal Music, companhia pela qual ela lançou discos como “Sortimento” (2001), “Eu Me Transformo em Outras” (2004), “Pré Pós Tudo Bossa Band” (2005), entre outros
- “Pelespírito” é fruto de um encontro musical profundo com o poeta e produtor pernambucano Juliano Holanda, ao lado de quem Zélia compôs todas as 15 faixas que figuram no disco. “Meu novo encontro com o Juliano foi um acaso. Eu compus com várias pessoas durante esse tempo. Parceiros amados e queridos, como Ana Costa, Xande de Pilares, Lucina, Marcos Valle, Ivan Lins... Tem sido incrível, mas, num certo momento, eu e o Juliano nos conectamos de uma maneira muito profunda, porque ele teve uma disponibilidade muito grande para mim e vice-versa
- Nessas 15 canções tão íntimas e confessionais, Zélia passeia por ritmos como folk e country (“Viramos pó?”), rock´n´roll (“Nas horas cruas”), sertanejo nordestino e pantaneiro (“Tudo por nada”) e blues (“Sua cara tá grudada em mim”). Nele, a cantora propõe perguntas (“Onde é que isso vai dar?”, “O que se perdeu?”), faz declarações de amor (“Nossas coisinhas” e “Sua cara”), acenos e homenagens (“Você rainha”). E fecha o álbum deixando explícita a sua crença de que tudo vai ficar bem (“Vai melhorar”)